sábado, 20 de julho de 2013

Meu melhor amigo...

"Eu sei que sempre foi meu Deus,
mas sei também que é meu melhor amigo...
Eu sei que me perdi no tempo, mas sei que sou melhor contigo..."

(Rosa de Saron)





domingo, 14 de julho de 2013

É necessário se despedir...



"Nós ignoramos tudo sobre a vida;
que podemos então saber sobre a morte?"

(Confúcio)





Para o antropólogo Rodrigues, a morte é um produto da história. Nesse sentido, "a morte de um indivíduo não é um evento isolado, mas representa tantos eventos quantas relações o indivíduo mantivesse"...Teorias, explicações, desvelamentos de questões que para nós (humanos) são de cunho muito subjetivo. Agradecemos a comunidade científica por suas contribuições sociológicas, antropológicas e históricas sobre a morte, mas quando a vivenciamos fica apenas o humano desamparado, angustiado diante de um vazio existencial que traz a tona a nossa insignificância e impotência perante os fenômenos mais corriqueiros da vida.  Hoje, ao chegar de um domingo de celebração com irmãos de fé e caminhada, sou surpreendida com a notícia do falecimento da irmã Lourdes (comunidade de Camaçari). Estes momentos de choque parecem nos suspender do cotidiano, o que fica é o silêncio e a vontade do não-dizer. Mas, é preciso dizer...é necessário se despedir...



Flores e consolo do Espírito pra essa família,
Força e esperança a tdos/tdas nós.

Mércia Cruz  

sábado, 13 de julho de 2013




"Em você eu sei me sinto forte...
Com você não temo a minha sorte...
E eu sei que isso veio de você" (Rosa de Saron - Do alto da pedra)





A fé é um tema recorrente neste blog, mas poucas vezes racionalizamos (apenas) sobre esta, talvez por seu caráter de relação intrínseca com a própria existência. A fé "como o firme fundamento das coisas que se não veem, mas que se esperam" está contida na Bíblia como definição, e contida em nossos corações como verdade...absoluta? Talvez os relativistas critiquem tal postura, mas a verdade é que a fé é sim a nossa mais absoluta verdade. Só podemos entrever esperança naquilo que nos torna seguros, e já dizia Agostinho que a alma quer se prender a algo, mas as coisas apenas flutuam. Como ter fé no efêmero, no incerto? Mas, se por um lado Deus é aquele para quem direcionamos nossa confiança, por outro, as circunstâncias vigentes não são tranquilas. "Os dias são maus", e a angustia do existir, ideia defendida por Kierkegaard  se manifesta nesta labuta diária e nessa forma que encontramos para experimentar e vivenciar o cotidiano. 
É bem certo que a fé, assim como a arte, não é apenas transcendental, mas é antes de tudo, humana...Necessidade que temos e está para além da linguagem porque não temos condições de dizê-la (Wittgenstein), e só por isso podemos acreditar em dias melhores...só a fé, nessa sua definição do pouco provável ou do improvável (esperar o que não se vê) é que nos torna capaz de existir (com todas as nossas angústias) e acreditar (com todas as nossas incertezas).


Mércia Cruz,
N'Ele...Cristo de Nazaré, autor e consumador da nossa fé.