quinta-feira, 28 de maio de 2015

POR ONDE ANDA O AMOR?

O amor se perdeu na esquina,
no beco, nas vielas da rotina

O amor sossegou, o fogo baixou, não se vê
mais brasa, nem brilho na retina...

O amor se desintegrou e expulsou sua parte mais insana...

A paixão foi embora, o amor não a quis mais, e agora o amor
vive vagando, procurando a paixão perdida.

POEMA PARA OS DESAJUSTADOS

Sem as marras daqueles que me precedem, sigo meus escritos...
Preciso me desgarrar dos clichês que de súbito me vem a fim de trazer
a imagem desse mundo caótico e organizado.

A moral vigente, as certezas que fluem dos lábios dos que se sentem autorizados
a aprisionar em nome de Deus, contribuem para a manifestação do caos/ordem, cenário
mais que previsível.

Não quero escrever um conto, romance, nem nada passível de classificação ou gênero,
mas sei que é inevitável...

A gaveta do armário velho está cheia de rótulos e eles não envelhecem.

Mércia Cruz