"Guardo pra te dar as cartas que eu não mando,
conto por contar e deixo em algum canto"
(Leoni)
Esse espaço deixa de acolher muitos escritos, que penso...penso e não materializo...todos eles, cartas que não mando, mas, sobretudo, cartas que não escrevo. E o motivo pelo qual não registro? Talvez a obrigação me afaste, me magoe...no entanto, o que é a literatura senão forma de estar no mundo, obrigação de pagar as contas e se justificar diante de Deus como cumpridor de uma missão, como já assinalou Fernando Sabino? Pensamento e escrita, eis a minha dose diária de vida, de fé e de comunhão com o sagrado. Minha carta de hoje, teria os seguintes fragmentos:
Cachoeira, 06/10/2012
Querido Deus,
sou grata a ti por todas as coisas...Coisas? mas, o que são tais coisas as quais me refiro o tempo todo? será que tenho refletido sobre o real sentido do meu agradecimento? Pensarei sobre isto, porém, de antemão não quero o imediatismo do outro lado que me remete a começar a enumerar uma lista enorme dos elementos pelos quais rendo-te graças.
Minha mãe, família, amigos, cuidados...cada um deles amor, esperança, gratidão...no entanto Deus, sinto-me mais grata ainda pela dimensão Pai/Mãe que tu és, pois, por meio do teu infinito amor e por esta compreensão posso então valorizar todas as outras.
Obrigada por tua maneira de ser e estar em mim...
Mércia Cruz.
Glória a Ele, que constantemente lê todas as cartas que deixamos de escrever e publicar.
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