Poema Esquisito
Dói-me a cabeça aos trinta e nove anos.
Não é hábito. É rarissimamente que ela dói.
Ninguém tem culpa.
Meu pai, minha mãe descansaram seus fardos...
(Adélia Prado)
Dói-me a cabeça aos 25 anos e é cotidianamente que ela dói.
Está tudo em ordem...mãe acaba de me trazer o chá diário, porção mágica que dilui dor e agonia da alma.
Está tudo em ordem...mãe ainda reclama o limpar da casa, o lavar dos pratos, mas quando faço, reclama o esforço (olha a coluna menina!) e toma mais chá!
Dói-me a cabeça aos 25 anos porque temo a desordem.
Mércia Cruz.