"Sigo, apenas sigo..." (Salmo das profundezas - Ricardo Gondim)
Aconteceu que, indo eles pelo caminho, veio um homem que lhe disse: Seguir-te-ei para onde quer que vás. Jesus disse-lhe: As raposas têm seus covis e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. (Lc 9;57)
Nas "Confissões" de Santo Agostinho, a alma deseja repousar em algo, mas não há estabilidade, ponto fixo, todas as coisas apenas flutuam. Voltemos a Deus! Mas, como, se seu filho nos retira (com o referido texto) toda possibilidade de segurança?
A Verdade e a Vida que se coloca enquanto Caminho vem nos ensinar que "buscar a Deus é apenas o querer ir" (Agostinho). Então não é chegada, mas o ponto de partida...A doce companhia da jornada.
E se a existência, essa estranha engrenagem que chamamos de vida, não for estrada, e se configurar como quadrado, retângulo, círculo? Onde então estarei com o Deus que é caminho?
Se a ordem das coisas se inverterem, ainda assim....sigo, apenas sigo...
N'Ele, que se reconfigura para estar conosco!
Mércia Cruz.
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