sábado, 4 de fevereiro de 2012

O CRISTO NOSSO DE CADA DIA!


O CRISTO NOSSO DE CADA DIA!



Deus se fez homem e habitou entre nós! Passagem muito conhecida registrada no livro de João capítulo 1. O Verbo se fez carne, e a humanidade contemplou a glória de Deus encarnada em Jesus. Diversas vertentes religiosas possuem inúmeras interpretações acerca desse verso bíblico, para alguns Jesus se apresenta como um anjo de luz que assumiu a forma humana, para outros ele foi o profeta que se encarnou para anunciar as diretrizes de uma nova ordem.

Independente da interpretação que se possa ter sobre o fato de Jesus ter se encarnado está a verdade de um Deus que se humanizou para estar entre nós. Jesus se tornou humano e esteve entre nós, mas a condição para estar aqui foi antes ter que se fazer carne, ou seja, Deus desejou estar com a sua criação de outra forma. Deus, que em sua infinita sabedoria, poderia traçar outro plano de salvação que não fosse à morte de cruz, preferiu descer, viver mais de trinta anos na terra, e mais que isso, conviver e se relacionar intimamente com essa humanidade a qual ele já conhecia, visto ser essa, obra de suas mãos.

Jesus agiu como um artista plástico que ao terminar de pintar a sua tela, não se contenta em contemplá-la do seu lugar privilegiado e “distante” de criador, mas antes deseja estar naquele cenário, vivenciando cada traço que pincelou, cheirando cada flor que coloriu, sentindo frio, calor, fome, sede, saciando-se e sentindo o sabor das delícias, o vinho, as frutas, o pão, a festa, a comunhão. Jesus desfrutou da sua criação, como o artista jamais foi capaz de desfrutar. Jesus foi o Verbo que se fez carne, que se personificou, façanha de dar inveja em qualquer poeta, que por frustração lírica tenta nos enganar com a arte que o faz capaz de manusear as palavras, essas tão fugidias de seus olhos tão atentos. Nesse sentido, Fernando Pessoa já dizia: “o poeta é um fingidor, finge tão completamente que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente”.   

O artista tenta, o poeta finge, porém o Cristo nosso de cada dia se envolveu e se envolve cotidianamente com sua criação, com a obra de suas mãos, o humano tão frágil e tão fragilizado pelas circunstâncias da vida. Jesus é o Deus do cotidiano! É o Deus que se move em nossa direção e se envolve com as minucias da nossa vida social. Ele está presente quando somos incrédulos, quando deixamos de crer na graça, quando achamos que não seremos mais surpreendidos por ela. Ele está presente em todas as dificuldades, mas também está presente nas nossas maiores alegrias. Só que devemos compreender que dores e alegrias são dois polos muito distintos que requerem certa suspensão da vida comum, e Deus não é só um refúgio (que espera que você tenha dor para procurá-lo) nem tampouco um provedor de alegrias (que espera seu sorriso e gratidão quando você recebe dele um presente muito bom).

Deus está no meio do caminho (conforme Drummond) ou no meio da travessia (como disse Guimarães Rosa). Deus está no centro, aliás, ele quer assumir uma centralidade, que nada tem a ver com uma ganancia pelo humano, com o aprisionamento da sua criação, muito pelo contrário, Jesus como centro da nossa vida é aquele que nos fundamenta, nos fortalece e nos acompanha na caminhada da vida e para a vida (para aqueles que acreditam na eternidade).

Jesus ouve a sua oração a noite antes de dormir, mas ele não vai embora quando o dia amanhece e você começa sua rotina estressante de trabalho, estudo, atividades diárias. Jesus não vai embora quando você vai à feira, ao mercado, a padaria, quando você encontra aquele amigo na rua que não via há muito tempo. Jesus não vai embora quando você se cansa, quando você tem sede, tem fome, de comida e de vida, da palavra que vivifica. Jesus está vivo e presente!

NEle que nunca nosa deixa só.
Mércia Cruz. 

2 comentários:

  1. É tão bom ser lembrado desta realidade!!! è tão bom saber que Ele está perto de nós! Maravilhoso é te contemplar Senhor, nas pequenas e grandes coisas!! Ahhh Deus, Deus que é simples e complexo, imensurável, mas que cabe dentro de nosso ser tão limitado...

    JUAN

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  2. É interessante o fato de Jesus, Deus,ter se tornado homem assumindo a condição de humano e abitar a terra por mais de "trinta anos", concerteza ele sentiu as necessidades que o corpo reclama; cansaço, sede, fome etc...Quem mais seria capaz de compreeder nossos sofrimentos se não aquele que resussitou dos mortos? Jesus, o Mestre mostrou que é possivel vencer o pecado da carne, e qual o premio para quem vence o pecado? "vida" eterna, se Ele prometeu certamente Ele cumprirá.Ele esta vivo epresente.(Marivaldo)

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