sábado, 13 de julho de 2013




"Em você eu sei me sinto forte...
Com você não temo a minha sorte...
E eu sei que isso veio de você" (Rosa de Saron - Do alto da pedra)





A fé é um tema recorrente neste blog, mas poucas vezes racionalizamos (apenas) sobre esta, talvez por seu caráter de relação intrínseca com a própria existência. A fé "como o firme fundamento das coisas que se não veem, mas que se esperam" está contida na Bíblia como definição, e contida em nossos corações como verdade...absoluta? Talvez os relativistas critiquem tal postura, mas a verdade é que a fé é sim a nossa mais absoluta verdade. Só podemos entrever esperança naquilo que nos torna seguros, e já dizia Agostinho que a alma quer se prender a algo, mas as coisas apenas flutuam. Como ter fé no efêmero, no incerto? Mas, se por um lado Deus é aquele para quem direcionamos nossa confiança, por outro, as circunstâncias vigentes não são tranquilas. "Os dias são maus", e a angustia do existir, ideia defendida por Kierkegaard  se manifesta nesta labuta diária e nessa forma que encontramos para experimentar e vivenciar o cotidiano. 
É bem certo que a fé, assim como a arte, não é apenas transcendental, mas é antes de tudo, humana...Necessidade que temos e está para além da linguagem porque não temos condições de dizê-la (Wittgenstein), e só por isso podemos acreditar em dias melhores...só a fé, nessa sua definição do pouco provável ou do improvável (esperar o que não se vê) é que nos torna capaz de existir (com todas as nossas angústias) e acreditar (com todas as nossas incertezas).


Mércia Cruz,
N'Ele...Cristo de Nazaré, autor e consumador da nossa fé.

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